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Turismo

WTM debateu inovação e boas práticas para o Turismo LGBTI+

A WTM realizou na tarde desta terça (15/09) um debate sobre inovação e boas práticas para o Turismo LGBTI+ (clique no link para assistir na íntegra). Com mediação de Alex Bernardes, Diretor Comercial da Revista Via G, o bate-papo contou com as presença de Ricardo Gomes, Presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil; Jorge Souza, Gerente de Novos Negócios da Orinter Tour & Travel; e Maria Catalina Galvis, Assessora de Turismo da Procolombia.

Logo no início, Ricardo Gomes citou a pesquisa da IGLTA, parceira da Câmara LGBT, que traçou o perfil do turista LGBTI+ no pós-pandemia. Ele ainda fez questão de lembrar que pesquisa da OutNOW apontou o Brasil como segundo maior mercado para esse segmento, com 26.8 bilhões de dólares movimentos com o turismo LGBTI+, perdendo apenas para os Estados Unidos, com 63,1 bi. O mediador Alex lembrou que se a população LGBTI+ toda fosse de um único país, seria a quinta economia do mundo.

Foi destacado ainda os diferentes perfis do turista LGBTI+, fugindo do estereótipo do gay homem de 25 a 35 anos que viaja para baladas. Ricardo lembrou, por exemplo, que o turismo lésbico, apesar de gigante, costuma ser negligenciado nos planejamentos das empresas, que as viagens em família e weedding destination são novas tendências, e ainda citou a viagem com aliados como um desafio para agências e operadoras em oferecer em uma única viagem produtos que atendam a demanda dos heterossexuais e homossexuais que viajam juntos.

Para destacar como um trabalho sério para o Turismo LGBTI+ traz resultados, Maria Catalina contou como a Colômbia chegou ao ponto de estar concorrendo a melhor destino para este segmento no World Travel Awards, considerado o Oscar do Turismo. “Essa indicação mostra que a Colômbia está preparada para receber todo tipo de público”, disse.

Mostrando de forma didática a base para transformar um destino em inclusivo, Catalina destacou a importância dos avanços em termos de legislação no país para a proteção da comunidade LGBTI+ e o trabalho com estudos do perfil do turista e da criação do Guia Profissional de Desenvolvimento do Turismo LGBT na Colômbia. Ricardo Gomes fez questão de lembrar que o primeiro ponto é fundamental. “Um destino só será receptivo para o turisa LGBTI+ quando for inclusivo para a seus próprios cidadãos”, disse.

Por sua vez, Jorge Souza destacou a importância do agente de viagem para dar garantias ao turista que se sentirá seguro ao viajar. Ele destacou o trabalho na excelência no atendimento tanto para destinos que têm políticas bem definidas para atender esse turista, quanto no trabalho com prestadores de serviço local que receberão o turista LGBTI+ da maneira correta.

Para finaliza, quando uma pergunta da audiência sobre uma possível modificação no perfil do turista LGBTI+ por conta da pandemia, Alex Bernardes lembrou que ela talvez tenha servido justamente para  mostrar o quanto este segmento é diverso, escancarando para o mercado novas possibilidades. “Na verdade não foi uma mudança de comportamento, apenas se apresentou todas as possibilidades”, concluiu.

Matéria escrita por
Otavio Furtado
Diretor de Comunicação da Câmara LGBT do Brasil

 

 

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